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SISTEMA E MERCADO FINANCEIRO

O que você precisa saber 

Sistema Financeiro é um conjunto de instituições e instrumentos que viabilizam o fluxo financeiro entre os poupadores e os tomadores de dinheiro na economia.

 

O mercado financeiro possibilita que as unidades econômicas (isto é, famílias, empresas e governos que compõem as sociedades), também chamadas de agentes econômicos, sejam colocadas em contato, direto ou indireto, a um custo mínimo e com as menores dificuldades possíveis, ou seja, uma intermediação financeira.

 

O processo de intermediação financeira pode ser entendido como a captação de recursos junto às unidades econômicas, por instituições financeiras e o seu subsequente repasse para as unidades econômicas que precisam.

 

A atividade de intermediação financeira nasceu da necessidade da destinação eficiente dos recursos financeiros disponíveis dos diversos agentes econômicos aos diversos agentes econômicos que precisam de recursos. A atividade de intermediação são operações financeiras de transferência de recursos dos agentes econômicos superavitários para os deficitários

 

Os intermediários financeiros proporcionam o encontro dos recursos financeiros excedentes dos agentes econômicos superavitários com a necessidade de financiamento dos agentes econômicos deficitários. Os primeiros receberão juros sobre os recursos financeiros disponibilizados. Os segundos pagarão esses juros, acrescidos das receitas operacionais da intermediação, necessárias para cobrir os custos e as despesas dos intermediários, além de seus lucros.

 

Atualmente, de forma geral, o sistema financeiro segmentou-se em quatro grandes mercados, a saber:

 

Mercado monetário, Mercado de crédito, Mercado de câmbio e Mercado de capitais.

 

• Mercado monetário – corresponde às operações de curtíssimo prazo com títulos públicos;

• Mercado de capitais – corresponde às negociações envolvendo títulos de dívida e de propriedade emitidos por empresas;

• Mercado de crédito – corresponde às operações de empréstimos concedidos por instituições financeiras; 

• Mercado de câmbio – corresponde às transações de compra e de venda de moeda estrangeira.

 

As instituições atuantes nesse mercado são:

 

Bancos Comerciais - a característica essencial que distingue um banco comercial dos demais tipos de instituição financeira é o fato de ser o único habilitado a aceitar – ou seja, a emitir – depósitos à vista.

 

Bancos Múltiplos - os bancos múltiplos são instituições constituídas por duas ou mais das seguintes carteiras: comercial, de investimento, de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de arrendamento mercantil (ou leasing) e de crédito, financiamento e investimento (ou financeira);

 

Caixa Econômica Federal (CEF) - a CEF é um dos maiores bancos múltiplos brasileiros. Foi criada em 1969 com a unificação de caixas econômicas federais que tinham autonomia estadual. Capta diversos tipos de depósitos e administra fundos de investimento, da mesma forma que os bancos múltiplos com carteira de investimento.

 

Cooperativas de Crédito - as cooperativas de crédito são instituições sem fins lucrativos que podem se originar da associação de funcionários de uma mesma empresa, ou grupo de empresas, ou de profissionais de determinado segmento, devendo possuir o número mínimo de 20 cooperados.

 

Bancos de Investimento - são instituições financeiras voltadas para a captação e financiamentos de médio e longo prazos, normalmente voltados ao investimento de empresas, bem como a operações diversas na área das sociedades anônimas, como a colocação de ações.

 

Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento (Financeiras) Até o final da década de 1970, as financeiras eram instituições especializadas na concessão de crédito ao consumidor de bens de consumo duráveis, que captavam recursos através da colocação de letras de câmbio.

 

Sociedades de Arrendamento Mercantil - (Leasing) - as sociedades que realizam, principalmente, operações de leasing de bens móveis e bens imóveis. Leasing é um contrato pelo qual uma empresa cede a outra, por determinado período, o direito de usar e obter rendimentos com bens de sua propriedade, como imóveis, automóveis, máquinas e equipamentos.

 

Sociedades de Crédito Imobiliário (SCI) - as SCIs foram criadas em 1964 para atuar no financiamento habitacional. Dedicam-se à concessão de financiamentos imobiliários às pessoas de maior renda em comparação com as atividades das caixas econômicas.

 

Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (CTVMs) e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (DTVMs)      As corretoras e as distribuidoras são instituições financeiras autorizadas a operar em Bolsas de Valores e de Mercadorias e Futuros. Estas instituições compram, vendem e distribuem títulos e valores mobiliários por conta de terceiros, cobrando taxas e comissões por seus serviços.

 

Principais tipos de aplicação financeira disponíveis no mercado

1. Tesouro direto - É uma forma de investir em títulos públicos e uma opção para quem quer começar, possui taxa de custódia, rentabilidade diária e facilidade para resgatar;

 

2. Fundos de investimento - Você aplica seu dinheiro em um fundo da sua escolha e ele fica sob a gestão de um especialista, responsável por gerar rentabilidade e controlar os riscos dessa aplicação;

 

3. Fundos de renda fixa - Aplicam em opções de renda fixa (títulos públicos e privados, atrelados à variação da Selic, ou de índices de inflação);

    * fundos de ações - Indicados para o longo prazo. Oscilam mais, mas buscam um retorno maior. Investem em aplicações de renda variável

     * fundos multimercado - Investem em vários mercados (renda fixa, ações, juros, câmbio e etc.

    * fundos cambiais - Para quem quer investir na variação dos preços de moedas estrangeiras, como o dólar

 

4. Fundos imobiliários - Fundos Imobiliários são fundos que aplicam em empreendimentos imobiliários: shoppings, galpões, prédios comerciais ou ainda aplicações relacionadas, como CRI e LCI;

 

5. Previdência - Feita para manter seu padrão de vida na aposentadoria. Quanto antes você começar, melhor. Escolha entre PGBL e VGBL, e as tributações regressiva e progressiva. PGBL ou VGBL;

 

6. Ações - Podemos considerar que ações são pequenas partes do capital social de uma empresa. Ao investir, você participa dos resultados dessa companhia: positivos ou negativos. Sempre invista pensando no longo prazo;

 

7. Renda fixa - É um tipo de investimento em que você já consegue saber como calcular o rendimento antes mesmo de investir.  CDB, LCI, LCA, CRI, CRA e Debêntures são alguns exemplos de aplicações de renda fixa;

 

8. COE - O COE (Certificado de Operações Estruturadas) pode combinar elementos de renda fixa e renda variável em um único produto para obter e potencializar resultados em diferentes cenários econômicos, podendo contar com proteção total ou parcial do dinheiro aplicado;

 

9. Poupança - O mais tradicional e seguro tipo de investimento, indicado para o investidor conservador. Quase todos os bancos comerciais oferecem a poupança.

Qual o Risco existente?

Toda aplicação financeira acima está sujeita a riscos. Para reduzi-los, deve-se procurar informações sobre o tipo de aplicação, sobre a instituição financeira e sobre as variáveis econômicas que podem influenciar o resultado esperado. Geralmente os rendimentos são maiores nas aplicações de maior risco. Algumas aplicações são parcialmente garantidas pelo Fundo Garantidor de Créditos - FGC.

 

O que você precisa saber antes de investir

Quem investe tem como objetivo ganhar dinheiro.

Para fazer um investimento que atenda a suas necessidades, é importante que você conheça as três características dos investimentos:

 

Liquidez, Risco (oposto de segurança) e Rentabilidade.

Liquidez: é à capacidade de um investimento ser transformado em dinheiro, a qualquer momento e por um preço justo. Por exemplo, o ativo mais líquido que existe é o próprio dinheiro. Fundos de aplicação em renda fixa e caderneta de poupança, com resgate imediato, são considerados produtos com alta liquidez. Já os imóveis, por exemplo, podem levar muito tempo para serem vendidos, sendo considerados investimentos de baixa liquidez.

Risco: é a probabilidade de ocorrência de perdas. Quanto maior o risco, maior a probabilidade de o investidor incorrer em perdas. Dependendo do investimento, podemos ganhar ou perder pequenos ou grandes valores. Exemplos de investimentos de menor risco são a caderneta de poupança e o tesouro direto, desde que você fique de posse do título e o desconte na data de seu vencimento, enquanto as ações são consideradas investimentos de maior risco

Rentabilidade: é o retorno, a remuneração do investimento. Quando fazemos um investimento, temos uma expectativa de rentabilidade que pode se concretizar ou não. Em geral, quanto maior a rentabilidade prometida, maior o risco de perder a quantia aplicada. Em outras palavras, o que ganhamos em segurança perdemos em rentabilidade e vice-versa. Então, antes de escolher, compare a rentabilidade prometida com a média do mercado e desconfie de promessas muito boas.

O seu perfil de investidor Na hora de investir, é importante conhecer as características dos investimentos disponíveis para que sua escolha seja a mais adequada para cada pessoa. Por isso é importante ter em mente que as pessoas são diferentes umas das outras. O mesmo é verdade para o perfil de quem está investindo.

O investidor pode ser classificado em três diferentes perfis, de acordo com a sua disposição para aceitar riscos, sua preferência por liquidez e expectativa de rentabilidade.

A combinação dessas características determina o perfil do investidor, que pode ser conservador, moderado ou arrojado (agressivo). A análise de perfil do investidor é fundamental para que seus investimentos sejam realizados de forma consciente e sejam compatíveis com seus objetivos.

Conservador - privilegia a segurança e faz todo o possível para diminuir o risco de perdas, aceitando, inclusive, uma rentabilidade menor.

Moderado - procura um equilíbrio entre segurança e rentabilidade e está disposto a correr certo risco para que o seu dinheiro renda um pouco mais do que as aplicações mais seguras.

Arrojado - privilegia a rentabilidade e é capaz de correr grandes riscos para que seu investimento renda o máximo possível.

O mais importante é, antes de qualquer aplicação, verificar a solidez das instituições envolvidas e pesquisar nos documentos correspondentes (Regulamento do Fundo, Prospecto da Oferta Pública etc.) qual o perfil de risco assumido.

Tipos de investimentos

Os investimentos podem ser de Renda fixa e/ou de Renda variável.

Renda fixa: são investimentos que pagam, em períodos definidos, a remuneração correspondente a determinada taxa de juros. Essa taxa pode ser estipulada no momento da aplicação (prefixada) ou calculada no momento do resgate (pós-fixada), com base na variação de um indexador previamente definido acrescido ou não de uma taxa de juros. Nessa modalidade de investimento, existe o risco de crédito.

Renda variável: são investimentos cuja remuneração não pode ser dimensionada no momento da aplicação. Envolvem riscos maiores, pois, além do risco de crédito, existe também o risco associado à rentabilidade incerta.

Exemplo: ações. Há ainda a possibilidade de investir em imóveis para receber renda de aluguéis. Em geral, o imóvel é considerado um investimento seguro. No entanto, assim como os demais tipos de investimentos dos quais tratamos, também existem custos e riscos envolvidos. Há riscos de o imóvel não ser alugado, de desvalorizar-se, de inadimplência do locatário etc. E há custos como condomínio, IPTU, taxa de administração de aluguel, entre outros. E lembre-se, o aluguel recebido é tributado de acordo com a tabela progressiva do imposto de renda.

FUNDO GARANTIDOR

Fundo Garantidor de Créditos (FGC) é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que administra um mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, que permite recuperar os depósitos ou créditos mantidos em instituição financeira, até determinado valor, em caso de intervenção, de liquidação ou de falência.

Créditos são garantidos pelo FGC

São garantidos:

  • depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio;

  • depósitos de poupança;

  • depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado (CDB/RDB);

  • depósitos mantidos em contas não movimentáveis por cheques, destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares;

  • letras de câmbio;

  • letras imobiliárias;

  • letras hipotecárias;

  • letras de crédito imobiliário;

  • letras de crédito do agronegócio;

  • operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 08.03.2012 por empresa ligada.

Valor máximo garantido pelo FGC

O total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro, será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais).

Principais Produtos Financeiros

 

 

– CDB

– Tesouro Direto

– Fundos imobiliários

– Fundos multimercados

– LCI/LCA

– Ações

– Previdência Privada

 

 

 

CDB

Uma das aplicações mais conhecidas do mercado, o CDB é a sigla para Certificado de Depósito Bancário. É um tipo de investimento tão seguro quanto a poupança, mas com opções de rendimentos melhores. É como se o investidor fizesse um empréstimo para a instituição financeira. Em troca, o banco em questão devolve o montante aportado mais o juro estabelecido entre as duas partes. Como vivemos um momento de queda de juros, a poupança tem ficado cada vez menos rentável, por isso o CDB acaba sendo uma alternativa de renda fixa para quem procura segurança e rentabilidade. O CDB é uma opção que se encaixa perfeitamente na carteira de investidores donos de um perfil mais conservador.

 

Existem três tipos de CDB: pré-fixado, pós-fixado e híbrido.

A principal diferença entre eles é como a rentabilidade do título é determinada.

 

Vantagens

Uma das vantagens de investir em CDB é que esses títulos possuem uma rentabilidade maior que a poupança. Podem ser boas alternativas de diversificação de carteira também a investidores de perfis moderado e agressivo, dependendo de prazo e indexador. As aplicações em CDBs são asseguradas pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até o limite de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, por conjunto de depósitos e investimentos em cada instituição ou conglomerado financeiro, limitado ao teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas para cada CPF ou CNPJ.  Outra característica do CDB é a flexibilidade. Há opções que oferecem liquidez diária, voltadas para metas de curto prazo. Ao mesmo tempo, há alternativas disponíveis para objetivos de prazo mais longo, como a compra de um imóvel.

 

Desvantagens

A principal desvantagem é que o CDB não é a melhor alternativa para o curto prazo por conta da realização. E mesmo com toda a segurança oferecida pelo FGC, é importante avaliar o perfil do emissor do CDB. Para captar a atenção dos investidores, os bancos de menor porte tendem a oferecer rentabilidades bem mais atrativas. Em contrapartida, são instituições mais frágeis e com mais riscos. Neste caso, para se proteger além da garantia do FGC, o investidor precisa pesquisar sobre o rating da empresa emissora, atestando se ela é confiável ou não. Outra desvantagem são as taxas que podem ser cobradas. A taxa de custódia é um valor cobrado mensalmente pelas corretoras para armazenar os títulos de um determinado investidor.  Por sua vez, a cobrança de Imposto de Renda dos CDBs incide apenas sobre os rendimentos da aplicação e de forma regressiva (a alíquota varia de 22,5% a 15%, de acordo com o prazo do investimento. Já o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) só é obrigatório quando a aplicação e resgate foram realizados em até 30 dias.

 

Tesouro Direto

Tesouro Direto é um programa do Tesouro Nacional e da B3 (antes era conhecida como BM&F Bovespa) que foi criado em 2002 pelo Tesouro Nacional (secretaria do Governo Federal, responsável por administrar os recursos financeiros que entram nos cofres públicos), para compartilhar com qualquer brasileiro a negociação de títulos públicos federais de forma simples, rápida e online. O funcionamento é bem simples. Você empresta seu dinheiro ao Governo Federal, que precisa captar recursos para financiar projetos de educação, saúde e outros. Assim, você se torna credor do governo e recebe o valor emprestado com as devidas correções de juros.  O Tesouro Direto disponibiliza títulos com diferentes datas para vencimento e cada um possui uma rentabilidade diferente.

 

Basicamente, existem duas modalidades diferentes:

Prefixados: aqui, você sabe exatamente quanto irá receber no vencimento.

Pós-fixados: a rentabilidade da aplicação é composta por uma taxa predefinida mais a variação de um indexador. Pode ser a taxa básica de juros, a Selic, ou a inflação, que é medida pelo IPCA.

 

Vantagens

Existem alternativas de títulos para diversos objetivos e prazos. Para o curto prazo, o Tesouro Selic é uma boa opção. Para o longo prazo, escolha títulos com vencimentos maiores, como por exemplo o IPCA+2045. Além disso, é possível começar com pouco: com R$ 30 é possível comprar títulos do Tesouro. Outra vantagem é que os títulos do Tesouro são garantidos pelo Governo Federal, possuindo, portanto, o menor risco do mercado. E é bem fácil solicitar o resgate: em até 1 dia útil o dinheiro estará na sua conta.

 

Desvantagens

Com a exceção do Tesouro Selic (que possuem liquidez e retorno constante), os demais podem sofrer perda de rentabilidade com resgates antecipados. Além disso, são cobradas algumas taxas e impostos:

– Taxa de custódia: a B3 cobra uma taxa fixa de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos referente aos serviços de guarda dos títulos e às informações e movimentações dos saldos.

– Taxa de corretagem: Cada corretora determina seu valor. Geralmente, corretoras não ligadas a bancos ou são isentas ou cobram entre 0,1% e 0,5% por movimentação.

– IOF: o Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros é cobrado em investimentos com prazo menor que 30 dias. Essa taxa segue uma tabela regressiva, então isso significa que o valor cai conforme a data se aproxima.

– Imposto de Renda: o IR é obrigatório e a alíquota varia de acordo com o prazo de investimento. São 22,5% para aplicações mais curtas a 15% para aplicações mais longas.

 

Fundos imobiliários

Os fundos imobiliários são semelhantes a outros tipos de fundos de investimentos. Consistem na união de recursos de diversos investidores que têm o objetivo de aplicar no mercado imobiliário. Ao investir, você adquire pequenos pedaços do fundo, que são as cotas. Com esse patrimônio, o gestor do fundo imobiliário pode adquirir títulos imobiliários e imóveis como shoppings, galpões logísticos, lajes corporativas, hospitais e outros negócios do ramo imobiliário. Indiretamente, um cotista é como um pequeno sócio desses empreendimentos, recebendo parte do lucro dos aluguéis e sendo beneficiado pela valorização da rede de imóveis do fundo.

 

Vantagens

Por ser muito fácil, a aquisição de cotas de um fundo imobiliário pode ser feita através de uma corretora ou homebroker. A aquisição dos imóveis pelo fundo imobiliário é delegada ao gestor do fundo, que se encarrega de todo o processo. Além disso, há a possibilidade de exposição diversificada em diversos empreendimentos, onde muitos deles não acessíveis ao investidor individual, e a diversificação de locatários, que comumente são empresas de médio e grande porte ou multinacionais. Isso se traduz numa menor concentração de risco de vacância e inadimplência. O FII é um tipo de investimento com alta liquidez para compra e venda de cotas, além de ser possível investir com corretagem zero (ao contrário do que acontece no caso de imóveis físicos).

Como a gestão é feita por gestores profissionais, não é preciso se preocupar com o controle de inquilinos e burocracias.

 

Desvantagens

Por não ser um investimento com gestão própria, há a dependência da eficiência do gestor. Como não é o investidor que escolhe os ativos, é preciso escolher bem quem será o responsável pelo gerenciamento do seu dinheiro, já que há risco de perda de rentabilidade. É preciso ficar atento também aos valores de corretagem e de taxas de administração, que podem ser altas e diminuir os ganhos dos investidores. Por ser um investimento em um setor único, o de imóveis, há ainda o risco de se sofrer com problemas como inadimplência e vacância.

 

Fundos multimercados

Renda fixa, câmbio, ações de empresas, derivativos e outros ativos podem compor um dos tipos de investimentos chamado fundo multimercado. Indicado para quem gosta de distribuir seu capital nas diferentes alternativas oferecidas pelo mercado financeiro, os fundos multimercados podem agradar a quem gosta de ter uma carteira variada e não tem problemas em colocar um pouco mais de risco na hora de investir.

 

Vantagens

A principal vantagem do fundo multimercado é a diversidade de investimentos e a liberdade para mesclá-los, além das variações de estratégias. Isso sem contar a gestão de um profissional capacitado, que cuidará dos investimentos com liberdade para buscar sempre a melhor opção. É possível ainda se beneficiar de manobras de alavancagem, alternativas de liquidez e rentabilidade geralmente superior ao CDI.

 

Desvantagens

Assim como os demais fundos de investimentos, o multimercado também não tem nenhuma garantia, principalmente do FGC. Neste caso, é preciso ter bastante atenção quanto à credibilidade da gestora do fundo. Por ser um investimento diversificado, pode conter ativos de maior risco, sendo mais recomendado a investidores que tenham tolerância às oscilações do mercado. Além disso, o fundo multimercado pode ter alguns descontos de taxas e impostos, como a taxa de performance (em caso de resultados acima do esperado), a taxa de saída (caso o investidor não cumpra um tempo mínimo), o IOF (somente nos 30 primeiros dias), o IR regressivo (que varia de 22,5% a 15%) e também o come-cotas antecipado a cada 6 meses.

 

LCI/LCA

Letra de Crédito Imobiliário (LCI) é um instrumento de captação que pode ser emitido por instituições autorizadas pelo Banco Central, com objetivo de financiamento do setor imobiliário. Já a Letra de crédito do Agronegócio (LCA) é um título emitido pelas mesmas instituições, mas vinculado aos direitos creditórios do Agronegócio. Assim, ao investir em letras de crédito, você está financiando o setor imobiliário (no caso da LCI) ou o setor de agronegócio (no caso da LCA).

 

Vantagens

A principal vantagem de se aplicar em LCI ou LCA é a isenção de imposto de renda e de IOF, fato que beneficia o investidor com foco no longo prazo. Além disso, ambos os investimentos possuem a garantia do FGC, nos mesmos critérios dos demais investimentos citados acima.

 

Desvantagens

Por terem diversas modalidades e prazos, as LCIs e LCAs não são indicadas para quem quer investir no curtíssimo prazo. Isso porque o resgate antes do prazo estipulado pode gerar perda de rentabilidade. Além disso, é preciso estar atento ao rating das instituições financeiras. Isso porque, quanto menor for a nota, maior o risco que o investidor terá.

 

Ações

As ações representam uma fração do capital social de uma empresa. Dessa maneira, ao comprar uma ação, o investidor se torna sócio do negócio, inclusive participando dos lucros e prejuízos, como qualquer empresário.

 

Existem dois tipos básicos de ações:

 

– Ações preferenciais (PN): São as que dão preferência aos acionistas no pagamento de dividendos e em caso de liquidação da empresa. Isso significa que, em caso de falência, os donos delas têm mais chance de recuperar seu investimento do que aqueles que possuem as ações ordinárias. Na bolsa, são identificadas com o final 4.

– Ações ordinárias (ON): São as que dão direito ao voto em assembleia para quem é acionista. Quanto maior a quantidade, maior o peso do voto. É possível identificar uma ação como ordinária quando seu nome termina com 3.

 

Vantagens

Por estarmos em um momento de taxa Selic em queda, o investimento em renda variável é o que possibilidade um ganho maior do que a renda fixa.

Além disso, para comprar e vender ações é simples e exige apenas uma conta em corretora de valores com um homebroker para efetuar as negociações.

 

Desvantagens

Alto risco

Previdência privada

Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e  o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL)

O PGBL e o VGBL têm características e nome parecidos, porém são submetidos à tributação diferenciada.

 

A principal diferença entre os dois reside no tratamento tributário dispensado a um e outro. Entretanto, enquanto no VGBL o imposto de renda incide apenas sobre os rendimentos, no PGBL o imposto incide sobre o valor total a ser resgatado ou recebido sob a forma de renda.

 

Benefícios de risco passíveis de contratação junto a um plano PGBL ou VGBL

 

  • Renda por invalidez: renda mensal para o participante em caso de invalidez total e permanente.

  • Pecúlio por invalidez: pagamento único ao participante realizado em caso de invalidez total e permanente.

  • Pensão por morte: renda mensal para o(s) beneficiário(s) determinado(s) pelo participante, em caso de sua morte.

  • iPecúlio por morte: pagamento único ao(s) beneficiário(s) determinado(s) pelo participante, em caso de sua morte.

 

Taxas ligadas a planos PGBL e VGBL:

 

i. Taxa de Administração Financeira (TAF): cobrada sobre o montante total do fundo, sendo apropriada diariamente e cobrada mensalmente ou em período definido no regulamento. Dica: procure por fundos com as menores taxas, mas sempre compare fundos com o mesmo perfil de risco.

ii. Taxa de Carregamento na Entrada: cobrada de forma única e exclusiva sobre cada valor depositado no fundo previdenciário. Dica: procure por planos que não cobram carregamento na entrada. Sim, eles já existem e estão por aí.

iii. Taxa de Carregamento na Saída: cobrada de forma única e exclusiva sobre montantes resgatados ou transferidos para outro plano. Dica: procure por planos que não cobram carregamento na saída. Sim, muitos planos previdenciários modernos não cobram nenhum tipo de carregamento na entrada ou na saída, pelo menos após uma carência de curto prazo, em geral, de 24 meses.

iv. Taxa de Performance: cobrada sobre a rentabilidade obtida pelo fundo acima de determinado índice de referência (definido no regulamento do fundo). Dica: ainda não é comum fundos previdenciários cobrarem esta taxa, mas fique atento, pois o mercado está evoluindo e a Susep permite a cobrança.

 

Opções de renda:

 

i. Renda Mensal Vitalícia: renda mensal garantida por toda a vida a partir da conversão do plano em benefício. Esta opção de renda cessa quando o participante vem a falecer.

ii. Renda Mensal Temporária: renda mensal paga por, no máximo, um prazo escolhido pelo participante. Esta opção de renda cessa ao final deste período ou em caso de falecimento do participante (o que ocorrer antes).

iii. Renda Mensal por Prazo Certo: renda mensal garantida por prazo escolhido pelo participante. Em caso de sua morte durante o período de recebimento da renda, esta passa para seu(s) beneficiário(s) até o final do prazo escolhido.

iv. Renda Mensal Vitalícia com Prazo Mínimo Garantido: renda mensal garantida por toda a vida e com prazo mínimo garantido e escolhido pelo participante. Em caso de sua morte antes deste prazo mínimo, a renda passa para seu(s) beneficiário(s) até o final deste prazo.

v. Renda mensal vitalícia reversível a um ou mais beneficiários: renda mensal garantida por toda a vida do participante. Em caso de sua morte durante o período de recebimento da renda, esta passa para seu(s) beneficiário(s) até a(s) morte(s) deste(s). Caso o(s) beneficiário(s) venha(m) a morrer antes do participante, a reversibilidade da renda cessa.

vi. Renda mensal vitalícia reversível ao cônjuge com continuidade aos menores (até 18, 21 ou 24 anos a escolher): mesma ideia da renda citada anteriormente, mas agora o benefício passará para o cônjuge. Na morte deste, o benefício passa para o(s) menor(es) beneficiário(s) em caráter temporário (até 18, 21 ou 24 anos sob escolha do participante).

 

 

Estratégia independente de planejamento da aposentadoria:

 

vantagens e desvantagens

 

Outra opção para o planejamento da aposentadoria é seguir uma estratégia independente, que consiste na “autoadministração” de investimentos, visando a sua aposentadoria. Ao seguir essa estratégia, você se torna gestor dos seus investimentos e passa a ser o responsável pelas escolhas de produtos e pela decisão dos momentos de compra ou venda dos ativos.  Em outras palavras, você decidirá se vai investir em poupança, CDB, títulos públicos, ações, imóveis etc. Como tudo na vida, seguir essa estratégia possui vantagens e desvantagens.

 

Vantagens

• Possibilidade de maior retorno financeiro devido à eliminação de intermediários.

• Liberdade na administração do dinheiro.

• Possibilidade de aprendizagem (o investidor deve ler, fazer cursos e se envolver com seus investimentos financeiros).

Desvantagens

• Risco de uso dos recursos para outras finalidades (exemplo: trocar de carro, fazer uma viagem).

• Inabilidade na gestão dos recursos pode acarretar perda de dinheiro (sem o conhecimento financeiro, você pode fazer escolhas inadequadas).

• Demanda dedicação e tempo de estudo em relação a assuntos financeiros.

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